I TOO WILL BECAME YOURS

I don't really have a specific space in nature photography, I don't like specializations. Instead of settling on a niche such as landscape photography, I also look for the animals that are part of it. The natural world is beautiful and only makes sense in all its diversity. Perhaps my personality isn't calm enough to focus on just one component or genre of nature photography.

At the present time, I have a deep disbelief in us, I'll explain, we have a society based on quantitative growth, just and only, more of this, more of that, but never more quality. I have my political ideas, I think everyone should have them, mine don't lean towards the extremes, I'm a guy from the center, I think you can still find some reasonability there, some.

Over the years I've been photographing, I've avoided at all cost everything that can be identified with human presence, be it electricity pylons, fences, walls, everything, yet these structures are there and the natural environment interacts with them. I don't know when, but it's been a while since I started looking at these interactions differently, from the point of view of the aesthetics of the image and the balance that can sometimes be captured. 

Our presence is felt everywhere, certainly because there are so many of us.


Não tenho propriamente um espaço especifico em fotografia de natureza, não gosto de especializações. Em vez de me estabelecer num nicho como a fotografia de paisagem, procuro também os animais que a compõe. O mundo natural é belo e só faz sentido com toda a sua diversidade. Talvez a minha personalidade não seja calma o suficiente para me focar apenas numa componente ou género da fotografia de natureza.

Atualmente tenho um profundo descredito em nós, passo a explicar, temos uma sociedade montada no crescimento quantitativo, apenas e só, mais disto, mais daquilo, mas nunca mais qualidade. Tenho as minhas ideias políticas, acho que todos as devem de ter, as minhas, não pendem para os extremos, sou um gajo de centro, julgo que ai ainda se vai conseguindo encontrar alguma razoabilidade de raciocínio, alguma.

Tenho ao longo dos anos em que venho fotografando, evitado a todo o custo tudo o que possa identificar com a presença humana, sejam postes elétricos, vedações, muros, tudo, no entanto, essas estruturas estão lá e o meio natural interage com elas. Não sei precisar quando, mas faz algum tempo que comecei a olhar de outra forma para essas interações, do ponto de vista da estética da imagem e do equilíbrio que por vezes se consegue captar. 

A nossa presença é sentida em todo o lado, seguramente porque somos muitos.

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